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O Uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação na Mediação dos Processos de Ensino e Aprendizagem (TDIC)

Publicado: Quarta, 13 de Julho de 2022, 12h46 | Última atualização em Terça, 19 de Julho de 2022, 16h47 | Acessos: 1129

Educação com qualidade, a construção do conhecimento na sociedade da informação, da comunicação e do conhecimento, a educação mediada por tecnologias digitais de informação e comunicação...

Estes são alguns dos temas que nos levam a pensar sobre estratégias e ferramentas para o ensino e a aprendizagem que conduzam os alunos a aprenderem verdadeiramente e não somente a “passarem de ano”, “estudarem para as provas”. Tais estratégias devem ser capazes de levar os aprendizes a serem criativos, proativos, a serem empreendedores, utilizando as informações e a intuição para a construção do conhecimento de forma significativa e compartilhada, com vistas a uma sociedade mais humanizada.

Como fazê-lo? Como levar docentes e discentes a perceberem que seu desempenho impacta todo o processo de ensino e aprendizagem? Como levar o docente a compreender que no desempenho de sua função a formação continuada e a observação de sua prática constituem elementos de suma importância para seu êxito?

Não se trata de abandonar antigas estratégias e tecnologias – não se trata, por exemplo, de abandonar as aulas expositivas, mas de introduzi-las em outro momento do processo, não para apresentar o conteúdo para alunos aparentemente “sem noção alguma do conteúdo”. Também não se trata de “deixar de lado os conteúdos”, mas compreender que fazem parte de um TODO, interligados, necessariamente, segundo uma visão interdisciplinar e contextualizada.

Não é mais possível, por exemplo, formar um militar apresentando os conteúdos de forma estanque, pois eles têm que fazer sentido e estarem inseridos em um contexto simulado de ação. Assim, elementos como as metodologias ativas e as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação ampliam as possibilidades de aprendizagem a partir da premissa do “aprender fazendo”, a partir da ampliação de tempos e espaços, levando a aprendizagem para além da sala de aula, abrindo espaço para que os diferentes tempos e modos de aprendizagem sejam contemplados.

O Exército Brasileiro, desde o diagnóstico do Processo de Modernização do Ensino (PME), em 2009, que ofereceu subsídios para a elaboração do plano de desenvolvimento do ensino Militar no âmbito do DECEx, vem traçando ações para a atualização e a transformação de suas práticas de ensino e aprendizagem, adequando-as às demandas da sociedade contemporânea, deixando de lado a perspectiva do ensino por objetivos e estruturalista, para o ensino por competências, inclusive na área bélica.

Dessa forma, atualmente, as ações de ensino preveem a formação de militares a partir de elementos como o desenvolvimento de competências e habilidades, do pensamento crítico, criativo e da liderança, sem deixar de lado valores importantes e caros como a ética e a disciplina.

Contemporaneamente, o CEP/FDC vem trabalhando para a implementação de Salas de Aula para a Educação Assistida por Tecnologias Digitais - elas estão sendo concebidas sob a definição de “sala de aula colaborativa e interativa, espaço laboratorial, sala de informática, otimizada por sistemas de informação, sala de vídeo e multimeios com a inclusão de quadro e outros recursos digitais, integrados em um mesmo ambiente ciberarquitetônico". (CARVALHO NETO, 2019, p.204).

Essas salas serão dotadas de aplicativos, acessos a sites, dentro do contexto da cibercultura, cuja finalidade é a de potencializar o aprendizado e fomentar o trabalho colaborativo. A intenção é oportunizar aos discentes experimentar, colaborar e interagir para resolver problemas, permitindo a eles desenvolver autonomia e pensamento crítico a partir do trabalho em equipe. Busca-se com essas ideias o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.

Dessa forma, tais salas de aula imersas em tecnologias, virão a ajudar a integrar espaços físicos com virtuais, desenvolvendo habilidades como as de mobilizar conhecimentos prévios para auxiliar na aprendizagem; experimentar, colaborar e interagir durante todo o processo de ensino e aprendizagem; resolver problemas; desenvolver autonomia e pensamento crítico; trabalhar em equipe. Enfim, ajudarão no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, colaborativas e significativas.

Para tanto, há que se compreender que será necessário proceder à revisão e adaptação dos currículos, das estratégias e ferramentas de ensino e aprendizagem, à capacitação dos docentes e gestores escolares, à integração dos docentes, instrutores e monitores de forma gradativa à cultura digital.

Em suma, em alinhamento com o processo de modernização do Ensino no Exército Brasileiro e com os seus Objetivos Estratégicos, o CEP/FDC vem transformando o espaço escolar sem, no entanto, abandonar os valores, as crenças, as tradições e a história tão caros à nossa instituição, aperfeiçoando o sistema de educação do Exército, sem deixar de lado a observação das demandas atuais da sociedade. Assim, capacita-se o militar para lidar com os desafios contemporâneos.

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